600 soldados de um grupo de cerca de 3.500 paraquedistas
enviados para a região embarcaram domingo (5) na base de Fort Bragg, na
Carolina do Norte
por Reuters
Para muitos dos soldados, será a primeira missão. Eles
empacotaram munição e fuzis, fizeram ligações de última hora para familiares e
amigos e entregaram os celulares. Alguns doaram sangue.
Os 600 soldados majoritariamente jovens em Fort Bragg, no
Estado norte-americano da Carolina do Norte, estavam a caminho do Oriente Médio
e eram parte de um grupo de cerca de 3.500 paraquedistas enviados para a
região. O Kuweit é a primeira parada de muitos. Seus destinos finais são
confidenciais.
"Estamos indo para a guerra", comemorou um,
fazendo sinal positivo com os polegares. Ele estava entre dezenas de soldados
que carregavam caminhões diante de um edifício de concreto que abriga diversos
auditórios com mesas e bancos compridos.
Maior destacamento rápido desde o terremoto do Haiti
Dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, ordenar o assassinato do comandante militar iraniano Qassem Soleimani
com um drone, provocando temores de um novo conflito no Oriente Médio, os
homens e mulheres da célebre 82ª Divisão Aérea do Exército estão partindo no
maior "destacamento rápido" desde o terremoto de 2010 no Haiti.
O general do Exército James Mingus atravessou o mar de
homens e mulheres de uniforme camuflado enquanto estes se preparavam para
deixar a base próxima de Fayetteville, no domingo. Ele trocou apertos de mãos
com as tropas, desejando-lhes sorte.
Um soldado de 27 anos de Ashboro, na Virgínia, disse que não
se surpreendeu quando a ordem chegou.
"Estava assistindo o noticiário, vendo como as coisas
estão acontecendo por lá", disse ele, um dos vários soldados que a Reuters
teve permissão de entrevistar sob a condição de não identificá-los. "Aí
recebi uma mensagem de texto do meu sargento dizendo 'não vá a lugar nenhum'. E
foi isso".
Soldados rezam e brincam antes do embarque
O perigo parecia distante das mentes dos jovens soldados,
mas muitos encheram a capela da base depois do café da manhã.
Um deles pegou uma correia presa a um caminhão de transporte
e tentou prendê-la no cinto de um amigo distraído, uma última brincadeira antes
de embarcar.
Os soldados mais velhos, na faixa dos 30 a 40 anos, estavam
visivelmente mais contidos, tendo a experiência de ver camaradas voltarem para
casa com uma perna ou dentro de um caixão.
"Esta é a missão, cara", disse Brian Knight,
veterano aposentado do Exército que participou de cinco operações no Oriente
Médio. "Eles estão empolgados para ir. O presidente chamou a 82ª".
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